A sola dos pés queima sob o cálido chão de cera, e os pés não o tocam. As vozes gritam na cabeça que parada, roda, indo e vindo do passado ao presente, do começo ao fim. As repetições da mesma cena, as tentativas inúteis de alterações naquela rouca retórica louca. O fim que ninguém pode mudar. O passado vivo no presente. A porta batida. O som do seu baque surdo. O incomodante silêncio. A solidão que se recusa a se fazer presente. O medo que amordaça.
Durante o incontável saber aquilo persiste feroz seu interior, transparecere na outrora iludida face alegre. O sorriso amarelado se esconde pelas duras lágrimas amargas. O quarto inundado pela dimensão sentida do abandono. Como uma torneira aberta que escorre sem fim. E em cada lágrima que se vai aquele sentimento se perde no vazio para nunca mais voltar. Para nunca mais voltar.
Nossa, que texto perfeito. Lindo mesmo.. Me prendeu do início ao fim. Você tem talento.
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é não sou fã de poesia mas se tem um estilo legal meio triste mas legal
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