Não me acho um bom comerciante de opiniões. As minhas são válidas, mas sou franco em admitir que na escola do convencimento, mesmo estando certo, sinto uma dificuldade.
A pauta da vez é a microssérie da Rede Globo, Amor Em 4 Atos, baseada nas obras musicais de Chico Buarque. Ou o próprio Chico Buarque. Com todo o poder de comunicação que a Globo consegue cobrir e surgindo logo após, um dos programas de maior audiência do Brasil, o sucesso de Amor Em 4 Atos veio. As pessoas reescutam Chico. Redescobrem. Não vou morrer de elogios pelo seriado nem do primeiro episódio eu gostei.
Tudo tem seu lado positivo: as pessoas vão ouvir mais Chico Buarque, que é um compositor excelente. Tão bom que chega a ser idolatrado sem máculas artísticas. O que eu não concordo. Como todo artista, Chico Buarque, tem seus defeitos e qualidades. Todos eles têm. O Leite Derramado ganhou o mais importante Prêmio Literário do Brasil, o Jabutti, em meio a um barulho grande. Não li "Se eu fechar os olhos agora", li, sim, críticas positivas sobre o livro. E muitas opiniões pro-Chico, pro-Silvestre. Foi àquela discussão em que os interesses foram levados em conta - quando eles não são levados? Cheguei a ler Leite Derramado que é um show de Língua Portuguesa, com um pano de fundo histórico e uma marcante história de amor. Não é nada de tão extraordinário, o lado feminino de Chico continua muito acentuado, com Matilde, a personagem feminina poderosa e "feita de quase nada" segundo Schwarz. Mas como disse o professor João Bezerra "ele enrola muito", e o próprio Chico admitiu isso, quando disse, que escrevendo a obra sem os delírios do protagonista, que iam-e-vinham, o livro teria umas vinte páginas. Ele mesmo falou do premiado livro, o classificando como "não é um mau livro". Então existe uma veneração fora dos limites em Chico?
Alguns não gostam de Chico como escritor, como cantor e, salvo alguns casos raros, como compositor.
Leite Derramado "não é um mau livro". E não é. Não é uma porcaria cheia de celulose e assinada pelo grande compositor Chico Buarque. É um bom livro. Tem lugar na minha estante. O que é embrulhante e irritante é essa louvação, e esse show de luta livre que se sucede após a premiação do Jabutti desmerecendo os Prêmios Literários do Brasil, Brasil que já possui uma Academia Literária desestimulante e vazia.
A pauta da vez é a microssérie da Rede Globo, Amor Em 4 Atos, baseada nas obras musicais de Chico Buarque. Ou o próprio Chico Buarque. Com todo o poder de comunicação que a Globo consegue cobrir e surgindo logo após, um dos programas de maior audiência do Brasil, o sucesso de Amor Em 4 Atos veio. As pessoas reescutam Chico. Redescobrem. Não vou morrer de elogios pelo seriado nem do primeiro episódio eu gostei.
Tudo tem seu lado positivo: as pessoas vão ouvir mais Chico Buarque, que é um compositor excelente. Tão bom que chega a ser idolatrado sem máculas artísticas. O que eu não concordo. Como todo artista, Chico Buarque, tem seus defeitos e qualidades. Todos eles têm. O Leite Derramado ganhou o mais importante Prêmio Literário do Brasil, o Jabutti, em meio a um barulho grande. Não li "Se eu fechar os olhos agora", li, sim, críticas positivas sobre o livro. E muitas opiniões pro-Chico, pro-Silvestre. Foi àquela discussão em que os interesses foram levados em conta - quando eles não são levados? Cheguei a ler Leite Derramado que é um show de Língua Portuguesa, com um pano de fundo histórico e uma marcante história de amor. Não é nada de tão extraordinário, o lado feminino de Chico continua muito acentuado, com Matilde, a personagem feminina poderosa e "feita de quase nada" segundo Schwarz. Mas como disse o professor João Bezerra "ele enrola muito", e o próprio Chico admitiu isso, quando disse, que escrevendo a obra sem os delírios do protagonista, que iam-e-vinham, o livro teria umas vinte páginas. Ele mesmo falou do premiado livro, o classificando como "não é um mau livro". Então existe uma veneração fora dos limites em Chico?
Alguns não gostam de Chico como escritor, como cantor e, salvo alguns casos raros, como compositor.
Leite Derramado "não é um mau livro". E não é. Não é uma porcaria cheia de celulose e assinada pelo grande compositor Chico Buarque. É um bom livro. Tem lugar na minha estante. O que é embrulhante e irritante é essa louvação, e esse show de luta livre que se sucede após a premiação do Jabutti desmerecendo os Prêmios Literários do Brasil, Brasil que já possui uma Academia Literária desestimulante e vazia.
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